São Pedro Damião – Doutor da Igreja
São Pedro Damião discerniu sua vocação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses
São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja. Nasceu em Ravena, Itália no ano de 1907. Marcado desde cedo pelo sofrimento porque perdeu os seus pais, foi morar e viver com seu irmão. No amor e no acolhimento, São Pedro Damião pode discernir a sua vocação.
Oração e penitência, algo que sempre acompanhou a vida de Pedro Damião; e algo que também precisa nos acompanhar constantemente.
São Pedro Damião discerniu sua vocação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses, no mosteiro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros levavam vida de eremitas.
Diante das regras e do que ele via e percebia, era preciso uma renovação a começar por ele. Ao se abrir a ação do Espírito Santo, ao ser obediente às regras, outros também foram se ajuntando a Pedro Damião, fundaram outros mosteiros e deram essa contribuição.
A renovação de qualquer instituição passa pela renovação pessoal, e também é válido para os tempos de hoje. As reclamações, as acusações, as rebeliões nada renovam, mas a decisão pessoal, a abertura a Deus, isso sim, pode provocar, como provocou na vida e na história de São Pedro Damião, uma renovação.
Deus pediu mais, e ele foi servir de maneira mais próxima a hierarquia da Igreja, sendo conselheiro de um Papa. Foi Bispo de Óstia, lugar perto de Roma, e também foi escolhido como Cardeal. Algo que marcou a sua história.
São Pedro Damião, sua própria vida nos aconselha a oração, a penitência e ao amor que se compromete com a renovação dos outros, pois a partir da renovação pessoal, nós também ajudamos na renovação do outro e das instituições.
A Igreja precisa ser renovada constantemente, para isso somos chamados a nossa renovação pessoal, a conversão diária. Peçamos a intercessão do santo de hoje que foi Bispo, Cardeal e Doutor da Igreja.
São Pedro Damião, rogai por nós!
Pedro
nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito
cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número.
Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho
por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em
Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se
tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu
irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.
Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.
Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.
Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.
A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.
Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.
A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.
Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.
Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.
Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.
A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.
Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.
A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.
FONTE: paulinas em 2014
São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja
São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja
Comemoração Litúrgica: 21 de fevereiro.
Também nesta data - São Sérvulo e São Fortunato
São Pedro Damião, Cardeal e Doutor da Igreja nasceu pelos fins do ano 1006, ou em começo de 1007, em Ravena. Com receio de ser parcelada demais a fortuna da família, em virtude da prole numerosa, a mãe expô-lo, retomando-o pouco depois. Pedro perdeu os pais muito cedo e ficou debaixo das ordens de um irmão mais velho, que o tratava com muita dureza e sem a menor caridade. Tendo 10 anos, a sorte de Pedro melhorou. Um outro irmão, também de nome Damião, que era arcipreste em Ravena, recebeu-o em casa, introduzindo-o no estudo das ciências e foi para ele um pai carinhoso. Para mostrar-lhe a gratidão, Pedro adotou o cognome de Damião. Durante alguns anos, teve por professores esse irmão e um outro sacerdote. Mais tarde continuou os estudos em Faenza e Parma. Nesta última cidade e depois em Ravena exerceu o cargo de professor. Em todo este tempo se lhe realizou na alma grande mudança. Tendo 28 anos, fez-se monge do eremitério de Fonte Avelana, na diocese de Faenza. Com dedicação a mais extremada trabalhou na sua santificação, lançando os alicerces de uma vida ascética, que não mais largou até à morte. Diversos outros mosteiros convidaram a Pedro para pregações e para reformá-los em seu espírito. Morto o prior de Fonte Avelana, foi Pedro eleito seu sucessor. Como Superior, dirigiu toda a atenção à formação de um bom espírito ascético nas comunidades. Para este fim, escreveu as biografias dos Santos Odilon, Romualdo, Domingos Loricato e Rodolfo de Eugubio, que apresentavam aos monges exemplos perfeitos da vida religiosa.
Pedro não podia ficar indiferente diante da situação triste em que se achava a Igreja Católica. A Sé apostólica tinha se tornado objeto de aspirações ambiciosas e achava-se em certa pendência da casa imperial da Alemanha. Em condições análogas estavam as dignidades eclesiásticas na Itália, França e Alemanha. Os prepotentes da política vendiam-nas a troco de dinheiro, ou davam-na às suas criaturas. Grande parte do clero tinha-se esquecido de sua alta missão e estava entregue ao vício da simonia ou nicolaitismo. O povo cristão estava sem guias e o espírito da impiedade alastrava-se cada vez mais.
Pedro Damião se opôs com toda a força a este estado de coisas. Pôs-se em comunicação direta com os Papas Gregório VI, Clemente II, Leão IX, Estevão IX, e Nicolau II e conseguiu que se abrisse forte campanha contra os dois abusos, que tanto prejudicavam a obra de cristo na terra.
Ele mesmo escreveu duas monografias, em que tratou das duas chagas perniciosas no corpo da Igreja. A segunda publicação, contra o nicolaitismo, criou-lhe muitos adversários, por causa do assunto, e do modo franco e enérgico com que desvendou e atacou o mal.
O Papa Estevão IX, porém, nomeou o autor Cardeal-Bispo de Ostia, dignidade a que se achava ligada outra, de decano do Colégio cardinalício.
Para que Pedro Damião se resolvesse a aceitar a púrpura foi preciso o Papa ameaçá-lo de excomunhão.
Grandiosa foi a atividade de Pedro Damião na reforma religiosa, em muitas dioceses. Comissões dificílimas e bem melindrosas foram-lhe confiadas pelos Papas e sua prudência, energia e caridade conseguiram os mais brilhantes resultados. Foi este o motivo porque os Papas tão pouca disposição mostraram de aceitar-lhe o reiterado pedido de exoneração, para poder voltar ao querido eremitério. Muito bem fez a Santa Sé em não se ter privado da cooperação de tão hábil diplomata e santo reformador. A política abusiva do partido imperial, na eleição do sucessor de Nicolau II (1061), necessitava de um regulador prudente e enérgico, da têmpera de um Pedro Damião.
Em muitas questões difíceis e melindrosas, quer entre diocesanos e a autoridade diocesana, quer entre religiosos e Bispos, era-lhe decisivo o arbítrio.
Tendo 67 anos de idade, foi enviado ao “Reichstag” de Francfurt para, na qualidade de delegado pontifício, protestar contra o projeto do imperador Henrique IV, de divorciar-se da legítima mulher.
O Arcebispo de Ravena tinha incorrido na excomunhão e morrido sem absolvição. Reinava na cidade forte animosidade contra Roma. Pedro Damião acalmou os espíritos e restabeleceu a paz. Foi esta a última obra do Santo na sua vida. Ansioso por procurar o merecido descanso em Fonte Avelana, morreu na viagem, em Faenza, no ano de 1089, tendo 83 anos de idade.
São Pedro Damião é enumerado entre as figuras clericais mais eminentes de todos os tempos. Foi grande como sábio, religioso, sacerdote e cardeal. Admiráveis e fora do comum eram-lhe os conhecimentos, principalmente da jurisprudência; admirável era a franqueza apostólica, com que profligava os vícios do tempo; admirável a austeridade e santidade de sua vida; admirável a piedade e zelo sacerdotal; admirável enfim, a dedicação incondicional à Santa Sé e o entusiasmo e atividade pela prosperidade da Igreja. O corpo do grande Santo descansa na Igreja dos Cistercienses, em Faenza. Leão XII deu a S. Pedro o título honroso de Doutor da Igreja.
Reflexões:
“Porque não pensas mais seriamente no negócio de tua salvação?” costumava S. Pedro perguntar-se a si mesmo. A mesma pergunta devíamos dirigir a nós, sendo a salvação de nossa alma o que mais nos devia interessar. Salva a tua alma e tudo está bem; perdida a alma, tudo está perdido. Muitos há e estes pertencem à maioria, que põem esta questão em último plano, considerando-a a mais insignificante de todas as outras e a menos importante. Jesus Cristo pensa diferentemente. “Marta, Marta, disse ele à irmã de Maria, estás te preocupando com muitas coisas, quando uma só é necessária”. (Lc. 10, 41). A salvação da alma é de todos os negócios o mais importante; é o negócio dos negócios; por isto merece nossa maior atenção, o máximo cuidado da nossa parte.
“A vida é curta e seu curso veloz”, diz a Sagrada Escritura. Se a vida é curta e sua passagem rápida, cumpre aproveitá-la para não perder nenhum dia, nenhuma hora. O tempo que se perde, perdido está para sempre. Uma eternidade não nos pode restituir o que no tempo perdemos. “Perdido uma vez o tempo, que Deus na sua bondade nos concedeu, para fazermos penitência e trabalhar para a nossa salvação, nunca mais o recuperaremos. (S. Boaventura).
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/fev/pedro2102.htm
São Pedro Damião
Nascimento | No ano de 1007 |
Local nascimento | Ravena |
Ordem | Diocesana |
Local vida | Milão, França e Alemanha |
Espiritualidade | Logo órfão de pai, caçula, foi criado pelos irmãos, cujo irmão mais velho. O Século X é conhecido como o século terrível para o pontificado pois o concubinato, a simonia estava em toda estrutura eclesiástica, mesmo na vida monástica e necessitava de urgente reforma. Foi uma era de trevas no mundo e para a Igreja. Pelo Damião foi um desses grandes reformadores pelo seu profundo amor à Igreja. Monge e discípulo de São Romualdo, dirigiu e fundou um grupo de mosteiros na Úmbria, que se tornou centro das atividades reformadoras que seguiam com certas variações a reforma camaldulence. Trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração á vida religiosa, a austeridade da solidão e da penitência. A partir de 1046 começou a se tornar grande sua fama de santidade. Os papas lhe pediam ajuda. Tornou-se cardeal e bispo de Ostia, legado do Pontifício, visitador dos mosteiros, escritor, conselheiro, libertando a Igreja de seus vínculos temporais o que deu ao Papa Gregório VII, um ano após sua morte a grande reforma empreendida. Sua extensa obra o fez merecer o título de doutor da Igreja pelos seus inumeráveis escritos teológicos, pelo Papa Leão XII. |
Local morte | Ravena |
Morte | No ano 1072, aos 65 anos de idade |
Fonte informação | Santo nosso de cada dia, rogai por nós! |
Oração | Ó Deus, nós Te suplicamos, que todos os homens possam encontrar-Te pessoalmente e responder-Te com a mesma fé de Abraão, dos apóstolos e dos santos. Amém. São Pedro Damião, rogai por nós. |
Devoção | À reforma da Igreja decaída |
Padroeiro | Das reformas da Igreja |
Outros Santos do dia | Pedro Damião (bispo e dr); Severiano (bispo) Zacarias (part); Randaoldo (monge); Vérulo , Félix, Secundino, Saturino, Fortunato Serício, Sélvulo, Cláudio, Sabino e Máximo (mártires) Leonor Rainha da Inglaterra. FONTE: ASJ |
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