quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Santa Apolônia - 9 de fevereiro


Santa Apolônia
Século III
Os seis anos de 243 a 249, durante os quais o rumo do Império Romano ficou sob a direção de Felipe o Árabe, foram considerados: um intervalo de trégua do regime do anticristianismo. No último ano, porém, houve um episódio que comprovou que a aversão aos cristãos, pelo menos na província africana, não havia desaparecido.
O ocorrido era narrado por Dionísio, o bispo da Alexandria no Egito, em uma carta que enviou ao bispo Fabio da diocese de Antioquia, em 249. Na carta ele escreveu que: "No dia 9 de fevereiro, um charlatão alexandrino, "maligno adivinho e falso profeta", que insuflava a população pagã, sempre pronta a se agitar, provocou uma terrível revolta. As casas dos cristãos foram invadidas. Os pagãos saquearam os vizinhos católicos ou aqueles que estivessem mais próximos, levando as jóias e objetos preciosos. Os móveis e as roupas foram levados para uma praça, onde ergueram uma grande fogueira. Os cristãos, mesmo os velhos e as crianças, foram arrastados pelas ruas, espancados, escorraçados e, condenados a morte, caso não renegassem a fé em voz alta. A cidade parecia que tinha sido tomada por uma multidão de demônios enfurecidos".
"Os pagãos prenderam também a bondosa virgem Apolônia, que tinha idade avançada. Foi espancada violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a Igreja, por isto teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade. No meio da multidão enlouquecida, disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo."
O martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida encontrou eco também no livro " A cidade de Deus" de Santo Agostinho, que também não apresentou uma posição definida.
Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente.
Em várias cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela. Em Roma foi erguida uma igreja, hoje desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália.
Sobre a sua vida não se teve outro registro, senão que seus devotos a elegeram, no decorrer dos tempos, como protetora contra as doenças da boca e das dores dos dentes. Mas restou seu exemplo de generosa e incondicional oferta a Cristo. A Igreja a canonizou e oficializou seu culto conforme a data citada na carta do bispo Dionísio.
FONTE: paulinas em 2014

Santa Apolônia, Virgem e Mártir


Comemoração Litúrgica:  09 de fevereiro.

Também nesta data - Santo Alexandre e São Donato

Existia no ano de 248, na cidade de Alexandria, um célebre feiticeiro, que profetizava uma grande desgraça, de que a cidade seria vítima, se os adoradores dos deuses não resolvessem a exterminar os cristãos, que eram seus maiores inimigos. O povo deu crédito às predições do embusteiro, e abriu forte campanha contra os discípulos de Cristo.
Uma das vítimas da cruel e estúpida perseguição foi Apolônia, donzela conhecida na cidade e estimada pelas suas virtudes. Levada ao templo pagão e intimada a prestar homenagens às divindades, resolutamente se negou, dizendo: “Meu Deus é Jesus Cristo e só a ele adorarei. Enquanto tiver vida, minha língua louvará a Deus, meu Senhor”.
Os algozes pagãos ouvindo estas palavras, armaram-se de pedras e quebraram-lhe os dentes. Apolônia, horrivelmente machucada e sentindo fortíssimas dores, levantou os olhos ao céu, sem pronunciar uma palavra, sem soltar um só gemido. Em vista desta firmeza, os pagãos ameaçaram-na com a fogueira. Apolônia respondeu: “Como poderia trair aquele que meu coração escolheu, o meu Esposo, de quem é todo o meu amor?  Não o farei. Antes sofrer morte crudelíssima e morrer mil vezes, que abandonar a meu Jesus”. Fizeram então os pagãos uma grande fogueira e puseram a donzela diante da seguinte alternativa: “Ou agora mesmo sacrificas aos deuses, ou te lançamos viva ao fogo”. Apolônia não respondeu, deteve-se um momento, como se quisesse deliberar alguma coisa e de repente, com um movimento brusco, desembaraçando-se das mãos dos algozes, se lançou ao fogo. As chamas consumiram-lhe inteiramente o corpo. Os cristãos procuraram depois os ossos da mártir e guardaram-nos com muito respeito. Em Roma foi construída uma igreja em honra de Santa Apolônia.
O nome da santa Mártir goza de grande veneração entre o povo cristão. Invocam-lhe a intercessão nos sofrimentos dos dentes.
A Igreja Católica não aprova o suicídio, ainda que os motivos sejam iguais aos que levou a mártir Apolônia a buscar a morte. Os Santos Padres, embora não justifiquem o suicídio de Santa Apolônia, nem tão pouco o propõe aos cristãos, como exemplo para imitar. Os mesmos Santos Padres explicam-no, supondo em Apolônia, uma inspiração superior e grande desejo de estar com Jesus Cristo, seu divino Esposo. O martírio de Santa Apolônia deu-se a 9 de fevereiro em 248 ou 249.
Reflexões:
A admirável constância na fé, que Santa Apolônia revelou no meio de bárbaras torturas e desumanos tormentos, teve sua fonte no amor a Jesus Cristo. Só o amor a Deus é capaz de dar ao homem força e coragem para fazer os maiores sacrifícios. O amor de Deus transforma o homem carnal e egoísta, e fá-lo esquecer as comodidades e prazeres da vida. A alma que tem amor a Deus, despreza a dor, o escárnio do mundo e procura unicamente agradar ao seu supremo Senhor.
Dores e tormentos, longe de serem consideradas uma desgraça para o homem, amigo de Deus, são por ele recebidos e aproveitados, como meios poderosos de desenganá-lo  cada vez mais do mundo e uni-lo ao Bem Supremo.  Eis a explicação da alegria dos mártires, fato estranhável que observamos nos heróis do cristianismo: em vez de seguirem o impulso natural do homem, que se entristece desespera na presença da morte iminente, mostram-se alegres e entoam hinos de louvores.
O modo por que Santa Apolônia pôs termo à existência não nos pode e nem deve servir de exemplo, para o imitarmos. Não é lícito a ninguém, nem aos próprios médicos, acelerar a morte, por mais inevitável que seja. Se os Santos Padres elogiam a coragem de Santa Apolônia, é por que razão  reconhecem  nesse proceder uma inspiração do Espírito Santo, e o impulso do  ardente amor a Jesus Cristo, a quem desejava confessar viva e morta.
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Referência bibliográfica: Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/fev/apolonia0902.htm

Santa Apolônia

NascimentoNo séc. III
Local nascimentoEgito - Alexandria
OrdemLeiga Consagrada
Local vidaEgito - Alexandria
EspiritualidadeQuarenta anos de idade, cristã, padeceu nas mãos dos centuriões romanos. Motivados pela agitação da festa do primeiro milênio do Império, os cristãos foram criticados por um adivinho do Egito (Alexandria). O massacre aconteceu no mesmo momento e entrando nas casas dos cristãos, saqueavam-nos, roubando-lhes tudo o quer fosse preciosos e matando-os. Até que chegou a vez de entrarem na casa de Apolônia: aprisionaram-na e arrancaram-lhes dentes, enquanto pediam-lhe que blasfemasse contra Cristo. E para fazê-la temer ainda mais, prometeram acenderam o fogo dizendo que a jogariam dentro. Apolônia lançou-se ao fogo sem que precisassem lança-la, provando até quanto poderia chegar por amor a Cristo. Essa santa foi a mais popular da Idade Média.
Local morteEgito - Alexandria
Morte9 de fevereiro - Séc. III
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós!
OraçãoSanta Apolônia que com coragem e sofrimentos atrozes destes vossa vida para testemunhar a Cristo, que sejam lançadas também na fogueira todas as formas de injustiça, para que o mundo renascendo das cinzas, se transforme em um mundo de paz e santidade. Santa Apolônia, intercedei pelos cristãos perseguidos por muitos que não aceitavam a Jesus Cristo como o Messias Prometido. Interferi nessa grande angústia pela que passam os cristãos nos tempos atuais. Concedei-nos a vitória sobre o inimigo e a conversão desses inconscientes pecadores. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
DevoçãoAo testemunho de sua fé e fidelidade a Jesus Cristo
PadroeiroDos dentistas
Outros Santos do diaSão Miguel Febres Cordero; Alexandre, Amônio, Nicéforo, Primo e Donato, Maria e Licarião (mártires), Ansberto, Ermenfredo, Sabino (bispo) Emiliano (erem); Reinaldo, Conrado (monge); Reginado (beato e Bispo).
FONTE: ASJ

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