quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

São Paulo Míki e companheiros mártires - 6 de Fevereiro




São Paulo Míki e companheiros mártires

Estes cristãos fervorosos deram testemunho com a vida e também com a morte
São Paulo Míki nasceu em Kyoto, no Japão, no século XVI dentro de uma família cristã, nobre, que foi canal para que ele recebesse, ainda pequeno, a graça do batismo. A partir de então, buscou também viver a riqueza do “ser batizado”. Discerniu a sua vocação, entrou para a Companhia de Jesus, tornou-se um Jesuíta e correspondeu ao chamado do sacerdócio.
Profundo conhecedor tanto da cultura quanto da língua, foi um homem compadecido do seu povo. Como nos tempos de hoje, o Japão não tinha o Cristianismo como religião predominante, então, São Paulo Míki buscava responder à necessidade da evangelização pela oração e pela penitência. Com estratégias inspiradas pelo Espírito Santo, foi um homem dócil, de comunidade.
Ousado e corajoso, quando ergueu-se à perseguição do Cristianismo no Japão também acabou sendo preso, assim como seus companheiros; mas não arrefeceu na sua fé. Ele, que era um grande pastor e pregador, também no momento do confronto, indicou Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua religião como o único Salvador e a verdadeira religião; verdade que perdura para todos os tempos.
São Paulo Míki, assim como os companheiros de missão e outros cristãos fervorosos, deram testemunho com a vida e também com a mote.
Em Nagasaki, foram todos crucificados em 1595. Sementes para novos cristãos, desde a passagem de São Francisco Xavier já se contavam 300 mil cristãos no Japão. Depois, muito mais com testemunho desses 26 companheiros de Jesus.
Peçamos a intercessão deste santo para que o nosso relacionamento profundo com Deus se traduza em evangelização para a humanidade.
São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2020

São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão

rtires

Origem e curiosidades

São Paulo Míki foi o primeiro mártir e o primeiro religioso de origem japonesa. Segundo a tradição, ele recebeu a religião por conta da sua família que recebera a evangelização de São Francisco Xavier, por isso, tornou-se Jesuíta. Mesmo com o desejo de ser sacerdote, não conseguiu ordenar-se por falta de um bispo local. Porém, realizou um grande trabalho de evangelização e diálogo com os budistas, percorrendo todo o país.

O Martírio

Em 1596, Shogun Hideyoshi, um militar samurai, iniciou uma série de perseguições contra os cristãos por conta das divergências de ordens missionárias e o comportamento de alguns cristãos estrangeiros. São Paulo Míki acabou sendo preso juntamente com 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2 meninos muito jovens. Em 5 de fevereiro de 1597, no monte Tateyama de Nagasaki, foram pregados e mortos na cruz, 26 pessoas. Mesmo nos últimos momentos, Paulo anunciou o reino e a conversão, perdoou seus algozes e imitou o Cristo.

Nomes dos Mártires

Religiosos da Companhia de Jesus: João de Goto Soan, Tiago Kisai e outro desconhecido;
Presbíteros da Ordem dos Frades Menores: Pedro Baptista Blásquez, Martinho da Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia, Francisco de São Miguel de la Parilla;
Leigos catequistas: Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki, Tomé Dangi, Paulo Suzuki;
Neófitos (cristãos recém-convertidos): Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé, seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim Sakakibara, Francisco Adaucto;

São Paulo Míki e companheiros mártires são padroeiros do Japão, juntamente com São Francisco Xavier.

Canonização e frutos

Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 8 de Junho de 1627, pelo Papa Pio IX. Naqueles anos de canonização, foi narrado o martírio em um livro que inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro grande apóstolo da “África”.

Pronunciamento de Bento XVI

O Papa Bento XVI, quando era cardeal, em uma homilia dedicada aos mártires disse: “Os relatos sobre o martírio dos primeiros cristãos japoneses assemelham-se de maneira surpreendente ao que sabemos sobre as testemunhas da fé da Igreja primitiva. Não havia neles a menor sombra de fanatismo. Também não percebemos o menor indício de ódio, nem de desespero, nem qualquer dúvida sobre se não teriam apostado num falso Deus, mas apenas uma enorme certeza e uma serena alegria” (6 de fevereiro de 1991).

Museu em Nagasaki e Catedral

Atualmente, existe um museu dedicado aos mártires na cidade de Nagasaki. Juntamente com uma escultura, em bronze, está também o livro de Luís Fróis sobre o relato do martírio dos 26 cristãos, de fevereiro de 1597. Além desse acontecimento, o museu também traz as cartas de São Francisco Xavier e outros artefatos históricos. Há na região a catedral de Õura dedicada aos mártires e patrimônio do Tesouro Nacional do Japão, uma das igrejas mais antigas do país.

Orações a São Paulo Míki e companheiros mártires

Oração do dia

Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Minha oração

Reze você também: “Aos mártires peço a graça de ser um verdadeiro anunciador do Evangelho, mesmo que essa missão custe tormentas. Ajuda-me a crescer na certeza da recompensa celeste, por Cristo nosso Senhor. Amém!”

São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!

Outros santos e santas celebrados em 6 de fevereiro:

Santo Antoliano, mártir na França [+ séc .III]
- São Silvano, bispo e mártir na Síria [+ 235/238]
- Santa Dorotéia (virgem) e São Teófilo, mártires em Cesaréia da Capadócia – Turquia [+séc IV]
- São Melo, bispo na Irlanda [+488]
- São Gastão, bispo na Gália Bélgica, atualmente na França [+540]
- São Amando, bispo na Gália Bélgica, atualmente Bélgica. Fundador de diversos mosteiros na região [+679]
- Santa Rénula, Abadessa do mosteiro de Eike na Bélgica [+séc VIII]
- São Guarino, bispo na região da Itália [+1159]
- São Brinolfo Algotsson, bispo na Suécia [+1317]
- São Mateus Correa, presbítero e mártir por permanecer em sigilo de confissão no México [+1927]

Fontes:
vatican.va
- Martirológio Romano
- Revista COLÓQUIO/Letras n.º 36 (Março de 1977), Um clássico português por descobrir – Luís Fróis, pág. 29.
- Liturgia das Horas

Pesquisa e Redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São Paulo Miki e companheiros

Santo Paulo Miki
e companheiros Mártires
1564-1597
Nagasaki - Japão

Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.
Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência. 
Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador. 
Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários. 
Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade. 
A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862. 
Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.
Fonte: Paulinas em 2014

São Paulo Miki e companheiros

NascimentoJapão
Local nascimentoPor volta do ano 1564
OrdemJesuíta
Local vidaJapão
EspiritualidadeSão Paulo Miki foi um dos cinco jesuítas que foi para o Japão em missão. Com São Francisco Xavier, em 1549, o Japão estava na maior força expansiva e havia mais 150.000 cristãos japoneses. Durante 40 anos os jesuítas se encarregaram da religiosidades dos japoneses, sobretudo Santo Ignácio de Loiola, fundados dos jesuítas. Havia muita esperança e ar de triunfo até quando uma violenta perseguição por Hideyoshi, chefe militar, aconteceu: a extinção da Igreja no Japão é um dos episódios mais tristes da Igreja, comparável à destruição das florescentes comunidades cristãs do norte da África, pelas invasões dos vândalos e árabes. Os jesuítas então passaram a se vestir como japoneses e isto abrandou a perseguição. Foi nessa época que chegaram os primeiros franciscanos, dedicando-se à pregação, obras de caridade para com os pobres e enfermos. Nove anos se passaram, até que caluniosamente acusaram os missionários de estar colaborando com o estrangeiro no preparo de uma invasão. Muitos japoneses ofereciam suas vidas espontaneamente com a ameaça da extinção do cristianismo. O imperador achou por bem aplicar o castigo apenas aos franciscanos recém-chegados. Foram condenados à morte cinco franciscanos, quinze japoneses por eles balizados e três jesuítas - o principal deles, Paulo Micki. Cantando o Te Deum subiram a "colina dos mártires, diante da cidade de Nagasaki, onde foram crucificados. Após esse flagelo houve um período de paz para a cristandade do Japão mas, a partir de 1614 desencadeou-se nova perseguição, com milhares de mártires. O Japão "fechou suas portas" a todo missionário por dois séculos, condenado a Igreja à extinção.
Local morteJapão - Nagasaki
Morte06 de fevereiro em 1597
Fonte informaçãoSato nosso de cada dia, rogai por nós!
OraçãoDeus, nosso Pai, pela força dos santos São Paulo Miki e seus companheiros que, em Nagazaki, chamastes à vida da glória pelo martírio, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até o fim na fé que professamos. Que possamos dizer hoje e sempre: Cantarei para sempre o amor do Senhor, anunciarei tua fidelidade de geração em geração. Pois eu disse: "Teu amor é um edifício eterno, firmaste a tua fidelidade mais que o céu"(Salmo 89,2-3)
DevoçãoA evangelizar mesmo que lhe custasse a vida
PadroeiroMissões
Outros Santos do diaSanta Dorotéia (padroeira das Floristas); Saturnino, Teófilo Revocata, Antoniano (mártires); Guarino (card.); Amando, Silvino, Gastão (bispo); Amâncio, Gelásio (confs.)
Fonte: ASJ em 2016

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